terça-feira, 9 de abril de 2024

EUGÉNIO LISBOA

   

Veja no post anterior ;EUGÉNIO LISBOA | «Vamos Ler»

 

 

Veja no post anterior:NO EXPRESSO | ENTREVISTA A EUGÉNIO LISBOA | uma «consolação»
 
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Acabámos de saber, EUGÉNIO LISBOA deixou-nos.  Recordemos posts - veja acima -  que escrevemos sobre esta PESSOA que seguíamos. E cada vez sentimos mais  a ausência de personalidades destas.  Um excerto do trabalho do Expresso:
 
«Há entrevistas e entrevistas ... A de Eugénio Lisboa conduzida por Pedro Mexia é, a nosso ver, daquelas que justificam  a compra de um jornal. Saiu no Expresso desta semana, ou seja, de 26 FEV 2021.Começa assim: «Aos 90 anos, Eugénio Lisboa mantém a curiosidade e a vivacidade intactas. Tal como nos seus tempos moçambicanos, há décadas, continua a envolver-se em polémicas, que não procura, diz, mas que nunca recusa. Recentemente, destoou daquilo a que chamou o “unanimismo” em torno de Eduardo Lourenço, escrevendo na coluna que mantinha no “Jornal de Letras” um artigo que seria, por sua vontade, o último. Também publicou um livro de poemas, alguns de escárnio e maldizer, e tem perturbado as boas almas com a convicção de que estética e moralidade são esferas autónomas.

Recebe-nos no seu apartamento em São Pedro do Estoril, com livros, discos, DVD, jornais e revistas por todo o lado. E durante duas horas regressa ao “paraíso” que era a Lourenço Marques da infância e juventude, aos combates do fim do Império e ao fim abrupto, doloroso, quando teve de escolher uma nacionalidade, embora se sentisse tão africano quanto europeu. Engenheiro de profissão, activíssimo na vida cultural moçambicana, foi depois professor em universidades portuguesas e estrangeiras e durante 17 anos conselheiro cultural da nossa Embaixada em Londres, tendo contribuído decisivamente para a edição inglesa de muitos clássicos portugueses.

A sua ininterrupta colaboração na imprensa está reunida em várias colectâneas de crítica e ensaio, como “Crónica dos Anos da Peste”, “As Vinte e Cinco Notas do Texto”, “Portugaliae Monumenta Frivola”, “O Objecto Celebrado”, “Indícios de Oiro” e “Uma Conversa Silenciosa”. Escreve desde 1957 sobre José Régio, de quem foi amigo e é defensor intransigente. Entre 2012 e 2017 publicou as suas memó­rias, “Acta Est Fabula”, em seis volumes. E é fácil percebermos que podiam ser muitos mais. (...).».

 

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