A nossa edição é a da imagem, mas deve haver outras, e quando nos preparávamos para transcrever o que lá está a propósito do desenho do caranguejo, ocorreu-nos, para facilitar, procurar na internet, e encontrámos o que queríamos. Veja aqui. De lá: «(...) Calvino encerra seu ensaio com a história do pintor chinês a quem o rei encomendou a pintura de um caranguejo. Primeiro ele pediu (além de dinheiro, casa, criados) cinco anos de prazo. Ao fim de cinco anos, sem ter sequer pegado no pincel, pediu mais dez. O rei, impaciente, os concedeu. Esgotado o segundo prazo, o rei foi ao seu ateliê. Ao ver o monarca entrar, o artista o saudou, pegou o pincel, “e num instante, com um único gesto, desenhou um caranguejo, o mais perfeito caranguejo que jamais se viu”».
Mas há que começar pelo começo. Lembrámos a história da pintura do caranguejo - isto há cada associação! - a propósito disto:
«Primeira decisão do Governo foi alterar logótipo oficial
«Considera-a progressista socialmente? Modernizadora do Estado?
Considero-a uma solução visual contemporânea que pode conviver bem com as dos Governos congéneres na Europa do século XXI. É uma solução que se memoriza muito facilmente (para mim, os comentários de que podia ser feito no Paint por uma criança de 4 anos são elogiosos), tem uma pregnância visual elevada. Tem um funcionamento eficaz em ecrã e através das várias plataformas digitais e audiovisuais. Integra soundesign e um tipo de letra exclusivo. Repito: não é uma bandeira, é uma ferramenta de comunicação para a ação governativa».
Já agora, a mais recente opinião, de António Quadros Ferreira, que lemos sobre o «caso», no jornal Público:«Em Portugal não há ciência de governar - A afirmação de Eça, em 1867, de que “a ciência de governar” é neste país “influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse”, mantém-se actual. (...)».
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