terça-feira, 9 de abril de 2024

COMO COMPARAR «CULTURA» NA ESFERA DO APARELHO ESTATAL? | trabalhemos pela verdade dos factos ...

 

 
 
O jornal Público traz na edição de hoje, 9 de abril 2024, o trabalho a que se refere a imagem de início. Só por si é de valorizar. Lido, emerge, quanto a nós, o défice que marca a maneira como abordar o SETOR CULTURA, nomeadamente para se fazer benchmarking. Densificando: as comparações com França e o Reino Unido exigem que previamente se fixe um PONTO DE PARTIDA, e a matriz de análise, e ao fazê-lo estamos certos que a comparação será difícil, mas nesse processo podemos aprender na linha que temos defendido aqui no Elitário Para Todos. E para nos pensarmos devemos ir a outras realidades, nomeadamente, sim, também, aos EUA. Desde logo, uma coisa é o SETOR CULTURA enquanto sistema a longo prazo, outra as Medidas Imediatas para estancar «agonias». Visto doutra forma, distinguir onde queremos chegar enquanto País - e não haverá dúvidas que há diferenças nítidas entre as DIREITAS e as ESQUERDAS, no que se refere  a VISÃO, MISSÃO  e VALORES  - e a maneira como gerir o aparelho estatal do setor. Mas verificamos rotinas: atomizamos, comparamos coisas isoladas, não indo à floresta.  Em especial, sendo que é dimensão que já todos adotamos, não chega o fator MINISTÉRIO DA CULTURA,  há que lançar mão de instrumentos próprios da GESTÃO PÚBLICA, ilustrando, ter PLANOS E PROGRAMAS de natureza ESTRATÉGICA. Se formos ver o que acontece nos Países focados no artigo do Público isso nem se discute: não pode ser doutra forma ...Outro aspeto tem a ver com o PERFIL dos GOVERNANTES e demais DIRIGENTES e QUADROS. Olhe-se para o que se passa no nosso País e certamente não gostaremos do que vemos em determinadas áreas, e será por isso que não é irrelevante a Biografia de Ministros/as e dos Secretários/as de Estado, que à partida não teriam de ser «especialistas» se os Serviços estivessem consolidados - como acontece nos Países mais mencionados no trabalho que aqui nos está a servir de mote. Uma curiosidade nos assola: no caso das atuais Governantes, não terão formação e experiências muito semelhantes?, em torno de Museus, Monumentos, e Património? Será um sinal óbvio para evidenciar a opção do Governo, ou então foi difícil encontrar alguém a ter mais queda, por exemplo, para as ARTES DO ESPETÁCULO (de Palco, Performativas) ... Assim, de repente, neste particular, quase de apostar,  vão continuar com o que existe ... Ora, aí está, vá ver-se o SERVIÇO PÚBLICO nestes domínios em realidades mencionadas no trabalho do jornal. Que distância! 

Nesse ponto de partida  adiantemos outras dimensões a perguntar e a responder, e podemos começar por «sim» ou «não»: SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA; autonomização e estratégia para as INDÚSTRIAS CULTURA E CRIATIVAS; VERBAS PARA A CULTURA - e tudo dependerá do percurso a fazer e do que já se investiu, desenvolveu e consolidou ..., eventualmente o tal 1% para a cultura não será a mesma coisa em diferentes Países ...
Sobre mecenato, não esquecido pela jornalista, já que tanto «seduzia» o anterior Governante e no que  parece ser seguido pela atual, como se pode ver pelo que se passa com «outros» - aprendamos, aprendamos - as políticas públicas não podem ficar dependentes disso. Mas tudo pelo mecenato (digno desse nome) para incrementar, diferenciar, ...
E terminemos com uma das nossas causas: por uma estratégia e subsequentes programas para as INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS (pode ser que Álvaro Covões desta vez seja ouvido) porque assim também se favorece o SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA (a menina dos nossos olhos) ...
A propósito, lembramos o que se previa - na primeira parte do Primeiro Governo Guterres - retirado de um Projeto de diploma que foi conhecido, para o IPAE Instituto Português das Artes do Espectáculo (hoje DGARTES),  depois, (comparando com o publicado), amputado, perdendo coerência, e pelos vistos nem os liberais o recuperaram e lhe deram seguimento  mais que não fosse pelo amor que têm ao mercado:

Claro, havia enquadramento, como se pode avaliar por este excerto do Preâmbulo:

Pois é, se compararmos o que acaba de se recordar com outros - e podemos continuar com os visados no Público -  talvez se conclua que há determinação equivalente, e entre nós nunca verdadeiramente assumida, (e como dominados pela tirania do curto prazo, compreensível, também nunca REIVINDICADA com a força e organização necessárias); por outro lado, está escrito nas estrelas e no quotidiano das nossas vidas, só uma intervenção politicamente ampla e unificada, e de qualidade na ação, com profissionais competentes e motivados, fará face à PRECARIEDADE  que nos consome ...
Mas tudo isto é para se discutir, o que até poderia consistir num DEBATE DOS 50 ANOS DE ABRIL  para se fixar MEMÓRIA  (que não temos), assim favorecendo investigação, ação, ... E assim impedir  que cada um diga o que quer, valorize aquilo em que tropeça,  longe da VERDADE nomeadamente  da DOS FACTOS.  

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Atualizado



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