Excertos do trabalho do Público a que se refere a imagem:
«Na manhã que se seguiu à notícia da
atribuição do prémio AICA — os resultados foram divulgados a 5 de Fevereiro —, o Atelier do Corvo, dos arquitectos Carlos Antunes e Désirée
Pedro, publicou nas redes sociais
fotografias do seu espaço de trabalho,
numa aldeia dos arrabaldes de Miranda do Corvo, a cerca de meia hora de
Coimbra. A dupla tinha acabado de
ser reconhecida pela secção Portuguesa da Associação Internacional de
Críticos de Arte pela sua “prática singular no campo partilhado entre a
arquitectura e as artes plásticas”, mas
a legenda das fotografias passava a
mensagem de que no atelier, no jardim que o rodeia e nos projectos em
curso, tudo Pelo jardim, rematado ao fundo
por uma pequena casa onde trabalham nas maquetas, imaginam mobiliário e criam candeeiros a partir depermanecia igual. (...).
Pelo jardim, rematado ao fundo
por uma pequena casa onde trabalham nas maquetas, imaginam mobiliário e criam candeeiros a partir de restos de poda, há também obras de
de artistas como Laura Vinci e Rui
Chafes. No futuro, a intenção é partilhar com a comunidade o jardim e a
biblioteca de arte, arquitectura e poesia que foram reunindo, num projecto que ainda está a ser desenhado, diz
Carlos Antunes. (...). E não era
suposto que “a tribo da arte contemporânea viesse de Coimbra, Lisboa
ou do Porto” para ver esta galeria dos
dias de clausura. “Às vezes esquecemo-nos que há uma tribo local, que
mora aqui”, reconhece Antunes. “Era
muito bonito perceber que o homem
que vinha com o tractor parava, ia
espreitar uma obra de arte e seguia
para o campo. É até comovente. Há
sempre um público. Quando achamos que não há público, estamos a
fechar” possibilidades, diz (...)».
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